Sociedade
Espírita Ramatis – Unidade: Evangelização Ciclo: 1 º e 2º Ciclos
Objetivos: Identificar e compreender a
presença da justiça e bondade divinas em nossas aflições, na dádiva do
esquecimento do passado; entender que na vida haverá dores e aflições, mas o
modo com o qual lidamos com isso será o diferencial; perceber a resignação como
a vivência da fé, atuando “como o remédio do sofrimento, pois ela mostra sempre
os horizontes do infinito...”
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Atividade 1: Dinâmica – Rótulos das emoções/sentimentos/estados
Material: Papéis
com diversas emoções/sentimentos/estados.
Descrição: Colar
na testa das crianças emoções/sentimentos/estados, para ser descrito por todas
as crianças que conseguem ver do que se trata, até a que está com o papel na
testa adivinhar o que se trata.
Sentimentos:
1. Raiva.
2. Mágoa.
3. Felicidade.
4. Tristeza.
5. Coragem.
6. Amor.
7. Esperança.
8. Paz.
9. Medo.
10. Orgulho.
11. Saudade.
12. Caridade.
13. Solidão.
14. Paciência.
15. Pessimismo.
16. Angústia.
17. Humildade.
Depois
conversar com as crianças sobre cada emoção/sentimento/estado.
Atividade 2: Dinâmica - Leve ou Pesado
Objetivo:
Perceber características de nossas emoções.
Material:
Objetos leves e pesados diversos; Lousa.
COMO APLICAR:
1- Dispor os
objetos no chão ou sobre uma mesa, explicando as crianças que ali temos objetos
leves e pesados e pedindo que aquelas que queiram venham experimentar
levantá-los.
2- Divida a
lousa em dois, escrevendo, de um lado, LEVE e, de outro, PESADO. Converse com
as crianças sobre o que significam estas palavras para elas, e anote. Uma das
características do leve é ser "fácil de carregar", enquanto o pesado
é "difícil de carregar".
3- Pergunte se
elas já perceberam que há sentimentos fáceis de carregar, e outros que parecem
pesar em nosso coração, no nosso rosto, no nosso jeito de andar. Como caminha
uma pessoa alegre? Como caminha alguém triste?
4- Sugestões sobre sentimento LEVE e PESADO
anotando no quadro, e que fazer com sentimentos que pesam dentro de nós.
Atividade 3: Reflexiva – Explicação da
bem-aventurança
O TEXTO EVANGÉLICO: (Mateus, V, 5, 6 e
10; Lucas, VI, 20 e 21): “Bem-aventurados os que choram, porque serão
consolados; os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos; os que
padecem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; os
que choram agora, porque rirão; os que têm privações, porque terão a fartura;
os pobres, porque herdarão o Reino de Deus”.
JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES: por que uns são
ricos e outros pobres? Uns gozam de saúde e outros são doentes; uns padecem
tudo, e outros tudo ganham; uns morrem ao nascer e outros vivem muitos anos;
uns são inteligentes e outros, idiotas; uns são deformados e outros, perfeitos;
para uns, tudo dá certo e para outros, tudo errado? Por que essa aparente
“injustiça” de Deus? Como sabemos que
não há efeito sem causa, devemos saber que isso decorre do equilíbrio da
Natureza, através das leis de ação e reação. Assim, todas as aflições da vida
têm uma causa, e como Deus é justo, essa causa deve ser justa. Devemos
descobri-la.
CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES: as
dificuldades ou os problemas humanos têm duas origens: umas têm sua causa na
vida presente, e outras, em vidas passadas. Na atual passagem pelo corpo
físico, muitas quedas decorrem de nossa própria culpa, pela imprevidência, pelo
orgulho, pela ambição, pela indisciplina, pelo mau comportamento, pela vaidade.
Os acidentes, as ruínas, as uniões infelizes, os desajustes familiares, em
muitos casos, são reações de nossas ações, do que podíamos evitar e não
evitamos. Não devemos, assim, acusar a sorte; devemos procurar descobrir nossas
falhas e corrigi-las, criando campo vibratório, para o crescimento moral.
CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES: quando,
embora com o nosso melhor esforço e as nossas mais puras indagações, não
encontramos, na vida presente, uma “explicação” para determinados problemas,
tal explicação se acha nas vidas passadas ou em outras vidas. Isto porque, como
já aprendemos, não há efeito sem causa. Essas leis (de causa e efeito) da
Natureza são reconhecidas até pelos cientistas materialistas como perfeitas.
Nós, espíritas-cristãos, com maior razão, as aceitamos. Assim, a perda do ente
querido ou de fortunas, embora todas as providências fossem tomadas para
evitá-la; os flagelos naturais; as deformidades de nascença; as mortes em tenra
idade, sem que tais almas tenham praticado o bem ou o mal; além de outros
fatos, cuja explicação não encontra justificativa na vida presente, e que têm a
sua causa sempre anterior ao efeito, são decorrências de outras existências. E,
como Deus é justo — não punindo pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez —,
se sofremos nesta vida sem praticarmos o mal, por certo, o praticamos em outra
vida. Talvez, até, estejamos passando por provas que pedimos.
ESQUECIMENTO DO PASSADO: se, por um
raciocínio lógico, e pela perfeição da Justiça Divina, entendemos que as
aflições presentes podem ser causadas pelas nossas imperfeições e pela nossa
invigilância, nesta vida, ou quando para elas não temos explicações, sofremos
pelo que fizemos no passado, corremos o risco de perguntar: — Por que, se eu
vivi antes, não posso saber o que fiz e quem fui no passado? “Se Deus julgou
conveniente lançar um véu sobre o passado, é que o julgou útil, evitando graves
inconvenientes, pois ora humilharia o ser humano, ora exaltaria seu orgulho,
causando obstáculos ao livre-arbítrio do homem e embaraços às relações sociais.
MOTIVOS DE RESIGNAÇÃO COM AS AFLIÇÕES:
como quem paga um débito cumpre um dever moral, as dores sofridas nesta vida
representam a quitação mais rápida de faltas passadas, poupando-nos de
sofrimentos futuros. Assim, ao invés de vermos apenas os erros alheios e
acharmos que Deus é injusto, devemos pedir: Senhor, ensina-me a descobrir onde
eu errei, nesta ou noutra vida.
Comentário:
Ø Uma
das grandes questões existenciais sempre foi nosso desejo em compreender o
porquê do sofrimento. Pelo desconhecimento de suas causas, milhões de pessoas
se revoltam, se desesperam, entram em depressão, vivem com medo e tantos outros
sentimentos negativos. Alguns procuram a religião para entenderem,
consolarem-se, ou buscam milagres que mudem suas vidas, sem desejarem mudanças
interiores. E não percebem que a mudança de suas vidas depende da mudança de
seu sentimento e do seu comportamento. Assim e somente assim, que acontece o
milagre – pela transformação de si mesmo, pela tríade: sentir, pensar e agir.

Atividade 4: Reflexiva - O que
você sente?
Objetivo:
Fazer o evangelizando descobrir que uma vida futura de felicidade depende da
construção de um mundo interior onde as virtudes reinem e comandem nossas
ações.
Material:
Cartela, lápis.
Desenvolvimento:
O evangelizador entregará a cada evangelizando uma cartela com a gravura
imprimida e um lápis (gravura abaixo). Em seguida explicará que esses irão
escutar três histórias diferentes e que deverão marcar em cada quadro o
sentimento quem têm ao ouvir cada história.
Contar
duas situações de revolta e irresignação, outra de fé e coragem.
Pedir
aos evangelizandos para dizerem o que marcaram em cada situação e conversar com
eles os seguintes pontos: Será que todos nós temos os mesmos sentimentos e
reações em situações difíceis? Revolta, lamentação, pessimismo, desânimo é
solução para os problemas? Quais sentimentos deveriam ter em situações como 1?
2? e 3 ?
Reflexão:
Estamos construindo a cada nova existência nossa felicidade, mas para que isso
seja possível, precisamos ter vontade de nos transformar, fé, coragem e
perseverança nas dificuldades e de buscar na prática das virtudes as respostas
para superar nossas dificuldades. Que possamos lembrar que o nosso futuro é
resultado do nosso presente, desse modo, construamos mais momentos de alegria e
paz para conseguir encontrar a felicidade que tanto desejamos.
Concluindo:
Perguntá-los a história poderia ser diferente se entre os personagens da
história houvesse FÉ, CORAGEM, OTIMISMO, RESIGNAÇÃO?
A
seguir, contar a história com os mesmos personagens, porém estes enfrentando as
situações com fé, coragem, otimismo e resignação.
"Nós podemos construir um futuro
diferente para nós mesmos. Basta pensar, sentir e agir com Amor."
SITUAÇÕES:
1ª HISTÓRIA DE ALBERT
Albert
vivia na extrema pobreza com fome e sem educação com sua família ou pais e seis
irmãos. Comiam uma vez por dia, não tinha como estudar, conseguiu apenas a
fazer o 1º grau.
Não
tinha fé e nem crença em Deus, vivia revoltado, pedia até esmola e às vezes
roubava os distraídos. Não estudou não tinha condição e por achar difícil
trabalhar e estudar. Um dia fumou maconha e gostou acabando viciando, foi preso
várias vezes e um dia teve problema de saúde grave e ficou com um lado do corpo
paralisado vivendo infeliz e revoltado à custa de caridade dos outros.
A história de Albert poderia ser diferente?
Albert
vivia na extrema pobreza, com fome e sem educação com sua família ou pais e
seis irmãos. Comiam uma vez por dia, não tinha como estudar, conseguiu apenas a
fazer o 1º grau, mas mesmo assim procurou estudar. Estava determinado a fazer
tudo o que pudesse para receber algum tipo de educação. Sempre que podia ia a
uma pequeníssima biblioteca da sua localidade, lia livros de ciências,
especialmente de biologia e mesmo não entendendo muitas vezes os idiomas de
alguns livros, via os diagramas e as fotos para aprender as palavras ao redor
delas.
Lutou
e trabalhou desde os 8 anos fazendo qualquer tipo de serviço, rapazinho
trabalhava o dia todo e estudava a noite passando no vestibular de medicina com
as melhores notas em faculdade gratuita. Mesmo assim passou fome e nem tinha o
que vestir para pagar os livros, mas venceu e formou-se. Hoje em dia é um
médico que cuida de sua família e dos doentes mesmo que não possam pagar por
consultas e ainda compra remédios para os mais pobres. Caridoso, fraterno e humilde foi o que Albert
se tornou, mesmo diante das grandes dificuldades não se abateu.
2ª HISTÓRIA DE TONY
Era
uma vez uma linda criança, ele se chamava Tony e vivia pelas ruas da cidade,
morava de baixou de uma ponte ele não conheceu seus pais. Não tinha que comer,
ninguém o ajudava não davam nem esmola para ele pensando que era um ladrão de
rua, quando conseguia o que comer era os restos de comidas que tirava das latas
de lixo do restaurante.
Um
dia, como ninguém estava ajudando decidiu roubar, e desde esse dia não parou.
Era preso e apanhava, quando o soltavam voltava a roubar, assim cresceu e
tornou-se mau e bandido até um dia ir para prisão. Passou metade de sua vida
lá.
A história de Tony poderia ser diferente?
Era
uma vez uma linda criança, ele se chamava Tony e vivia pelas ruas da cidade,
morava de baixou de uma ponte ele não conheceu seus pais. Não tinha que comer,
ninguém o ajudava não davam nem esmola para ele pensando que era um ladrão de
rua, quando conseguia o que comer era os restos de comidas que tirava das latas
de lixo do restaurante.
Ele
acreditava em Deus e tinha fé. Um dia, tomou uma decisão em vez de pegar os
alimentos da lata de lixo do restaurante pediu para trabalhar em troca de
comida, e conseguiu. Mas depois do serviço não tinha aonde ir, dormia debaixo
de uma ponte. Tony era muito simpático e alegre e conquistou amizades de
clientes do restaurante.
Até que um dia, um simpático casal conheceu o
menino e sua história e decidiram adotá-lo.
Anos
depois adulto, estudou formando-se em assistência social e procurava nas ruas
os meninos de ruas e os ajudavam a encontrar emprego, escola, família ou abrigo
que os encaminhassem nos caminhos do bem.
3ª HISTÓRIA DE FERNANDA
Fernanda
era muito doente desde que nasceu, tinha leucemia. Fraquinha, por causa da
doença, não brincava como as outras crianças.
Chorava revoltada e dizia que não acreditava em Deus porque Ele era
injusto. Nada queria fazer, não brincava e não estudava e seus pais tristes não
a forçavam.
Adulta
não trabalhava porque se dizia sempre incapaz pela doença que a acometia. Era
triste, pessimista e queixosa. Cresceu dependente dos outros e não se esforçava
em nada. Vivia da compaixão da família muito infeliz.
A história de Tony poderia ser diferente?
Fernanda
era muito doente desde que nasceu, tinha leucemia. Fraquinha, por causa da
doença, não brincava como as outras crianças. Sua família era muito pobre e
tinha mais duas irmãs. Todas as noites ao lado de sua mãe rezavam e agradecia a
Deus por sua vida mesmo que não compreendesse o porquê o Senhor deu-lhe um
corpo tão doente.
Era
alegra gentil e carinhosa, procurava ajudar no que podia em casa e os amigos,
confiava que Deus reservava para ela algo especial e não se desanimava.
Ela
cresceu com a doença não limitando sua vontade, e com apoio de amigos e seus
pais estudou música e se dedicou a ela. Tornou-se uma pianista muito talentosa
e feliz.
Prece final
Evangelizadoras:
Andressa Durans e Martha. Turno: Sábado/Manhã.