NOSSOS HORÁRIOS

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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Bem-aventurados os Aflitos


Sociedade Espírita Ramatis – Unidade: Evangelização                                     Ciclo: 1 º e 2º Ciclos
Tema: Ensinamentos de Jesus: Bem aventurados os Aflitos                                Data: 28/05/2016

Objetivos: Identificar e compreender a presença da justiça e bondade divinas em nossas aflições, na dádiva do esquecimento do passado; entender que na vida haverá dores e aflições, mas o modo com o qual lidamos com isso será o diferencial; perceber a resignação como a vivência da fé, atuando “como o remédio do sofrimento, pois ela mostra sempre os horizontes do infinito...”                                                                                                               

Prece Inicial

Atividade 1: Dinâmica – Rótulos das emoções/sentimentos/estados
Material: Papéis com diversas emoções/sentimentos/estados.
Descrição: Colar na testa das crianças emoções/sentimentos/estados, para ser descrito por todas as crianças que conseguem ver do que se trata, até a que está com o papel na testa adivinhar o que se trata.
Sentimentos:
1. Raiva.
2. Mágoa.
3. Felicidade.
4. Tristeza.
5. Coragem.
6. Amor.
7. Esperança.
8. Paz.
9. Medo.
10. Orgulho.
11. Saudade.
12. Caridade.
13. Solidão.
14. Paciência.
15. Pessimismo.
16. Angústia.
17. Humildade.
Depois conversar com as crianças sobre cada emoção/sentimento/estado.

Atividade 2: Dinâmica - Leve ou Pesado
Objetivo: Perceber características de nossas emoções.
Material: Objetos leves e pesados diversos; Lousa.
COMO APLICAR:
1- Dispor os objetos no chão ou sobre uma mesa, explicando as crianças que ali temos objetos leves e pesados e pedindo que aquelas que queiram venham experimentar levantá-los.
2- Divida a lousa em dois, escrevendo, de um lado, LEVE e, de outro, PESADO. Converse com as crianças sobre o que significam estas palavras para elas, e anote. Uma das características do leve é ser "fácil de carregar", enquanto o pesado é "difícil de carregar".
3- Pergunte se elas já perceberam que há sentimentos fáceis de carregar, e outros que parecem pesar em nosso coração, no nosso rosto, no nosso jeito de andar. Como caminha uma pessoa alegre? Como caminha alguém triste?
4-    Sugestões sobre sentimento LEVE e PESADO anotando no quadro, e que fazer com sentimentos que pesam dentro de nós.

Atividade 3: Reflexiva – Explicação da bem-aventurança
O TEXTO EVANGÉLICO: (Mateus, V, 5, 6 e 10; Lucas, VI, 20 e 21): “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados; os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos; os que padecem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; os que choram agora, porque rirão; os que têm privações, porque terão a fartura; os pobres, porque herdarão o Reino de Deus”.

JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES: por que uns são ricos e outros pobres? Uns gozam de saúde e outros são doentes; uns padecem tudo, e outros tudo ganham; uns morrem ao nascer e outros vivem muitos anos; uns são inteligentes e outros, idiotas; uns são deformados e outros, perfeitos; para uns, tudo dá certo e para outros, tudo errado? Por que essa aparente “injustiça” de Deus?  Como sabemos que não há efeito sem causa, devemos saber que isso decorre do equilíbrio da Natureza, através das leis de ação e reação. Assim, todas as aflições da vida têm uma causa, e como Deus é justo, essa causa deve ser justa. Devemos descobri-la.
CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES: as dificuldades ou os problemas humanos têm duas origens: umas têm sua causa na vida presente, e outras, em vidas passadas. Na atual passagem pelo corpo físico, muitas quedas decorrem de nossa própria culpa, pela imprevidência, pelo orgulho, pela ambição, pela indisciplina, pelo mau comportamento, pela vaidade. Os acidentes, as ruínas, as uniões infelizes, os desajustes familiares, em muitos casos, são reações de nossas ações, do que podíamos evitar e não evitamos. Não devemos, assim, acusar a sorte; devemos procurar descobrir nossas falhas e corrigi-las, criando campo vibratório, para o crescimento moral.
CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES: quando, embora com o nosso melhor esforço e as nossas mais puras indagações, não encontramos, na vida presente, uma “explicação” para determinados problemas, tal explicação se acha nas vidas passadas ou em outras vidas. Isto porque, como já aprendemos, não há efeito sem causa. Essas leis (de causa e efeito) da Natureza são reconhecidas até pelos cientistas materialistas como perfeitas. Nós, espíritas-cristãos, com maior razão, as aceitamos. Assim, a perda do ente querido ou de fortunas, embora todas as providências fossem tomadas para evitá-la; os flagelos naturais; as deformidades de nascença; as mortes em tenra idade, sem que tais almas tenham praticado o bem ou o mal; além de outros fatos, cuja explicação não encontra justificativa na vida presente, e que têm a sua causa sempre anterior ao efeito, são decorrências de outras existências. E, como Deus é justo — não punindo pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez —, se sofremos nesta vida sem praticarmos o mal, por certo, o praticamos em outra vida. Talvez, até, estejamos passando por provas que pedimos.
ESQUECIMENTO DO PASSADO: se, por um raciocínio lógico, e pela perfeição da Justiça Divina, entendemos que as aflições presentes podem ser causadas pelas nossas imperfeições e pela nossa invigilância, nesta vida, ou quando para elas não temos explicações, sofremos pelo que fizemos no passado, corremos o risco de perguntar: — Por que, se eu vivi antes, não posso saber o que fiz e quem fui no passado? “Se Deus julgou conveniente lançar um véu sobre o passado, é que o julgou útil, evitando graves inconvenientes, pois ora humilharia o ser humano, ora exaltaria seu orgulho, causando obstáculos ao livre-arbítrio do homem e embaraços às relações sociais.
MOTIVOS DE RESIGNAÇÃO COM AS AFLIÇÕES: como quem paga um débito cumpre um dever moral, as dores sofridas nesta vida representam a quitação mais rápida de faltas passadas, poupando-nos de sofrimentos futuros. Assim, ao invés de vermos apenas os erros alheios e acharmos que Deus é injusto, devemos pedir: Senhor, ensina-me a descobrir onde eu errei, nesta ou noutra vida.
Comentário:
Ø  Uma das grandes questões existenciais sempre foi nosso desejo em compreender o porquê do sofrimento. Pelo desconhecimento de suas causas, milhões de pessoas se revoltam, se desesperam, entram em depressão, vivem com medo e tantos outros sentimentos negativos. Alguns procuram a religião para entenderem, consolarem-se, ou buscam milagres que mudem suas vidas, sem desejarem mudanças interiores. E não percebem que a mudança de suas vidas depende da mudança de seu sentimento e do seu comportamento. Assim e somente assim, que acontece o milagre – pela transformação de si mesmo, pela tríade: sentir, pensar e agir.

Atividade 4: Reflexiva -  O que você sente?
Objetivo: Fazer o evangelizando descobrir que uma vida futura de felicidade depende da construção de um mundo interior onde as virtudes reinem e comandem nossas ações.
Material: Cartela, lápis.
Desenvolvimento: O evangelizador entregará a cada evangelizando uma cartela com a gravura imprimida e um lápis (gravura abaixo). Em seguida explicará que esses irão escutar três histórias diferentes e que deverão marcar em cada quadro o sentimento quem têm ao ouvir cada história.
Contar duas situações de revolta e irresignação, outra de fé e coragem.
Pedir aos evangelizandos para dizerem o que marcaram em cada situação e conversar com eles os seguintes pontos: Será que todos nós temos os mesmos sentimentos e reações em situações difíceis? Revolta, lamentação, pessimismo, desânimo é solução para os problemas? Quais sentimentos deveriam ter em situações como 1? 2? e 3 ?
Reflexão: Estamos construindo a cada nova existência nossa felicidade, mas para que isso seja possível, precisamos ter vontade de nos transformar, fé, coragem e perseverança nas dificuldades e de buscar na prática das virtudes as respostas para superar nossas dificuldades. Que possamos lembrar que o nosso futuro é resultado do nosso presente, desse modo, construamos mais momentos de alegria e paz para conseguir encontrar a felicidade que tanto desejamos.
Concluindo: Perguntá-los a história poderia ser diferente se entre os personagens da história houvesse FÉ, CORAGEM, OTIMISMO, RESIGNAÇÃO?
A seguir, contar a história com os mesmos personagens, porém estes enfrentando as situações com fé, coragem, otimismo e resignação.
"Nós podemos construir um futuro diferente para nós mesmos. Basta pensar, sentir e agir com Amor."

SITUAÇÕES:

1ª HISTÓRIA DE ALBERT
Albert vivia na extrema pobreza com fome e sem educação com sua família ou pais e seis irmãos. Comiam uma vez por dia, não tinha como estudar, conseguiu apenas a fazer o 1º grau.
Não tinha fé e nem crença em Deus, vivia revoltado, pedia até esmola e às vezes roubava os distraídos. Não estudou não tinha condição e por achar difícil trabalhar e estudar. Um dia fumou maconha e gostou acabando viciando, foi preso várias vezes e um dia teve problema de saúde grave e ficou com um lado do corpo paralisado vivendo infeliz e revoltado à custa de caridade dos outros.
A história de Albert poderia ser diferente?
Albert vivia na extrema pobreza, com fome e sem educação com sua família ou pais e seis irmãos. Comiam uma vez por dia, não tinha como estudar, conseguiu apenas a fazer o 1º grau, mas mesmo assim procurou estudar. Estava determinado a fazer tudo o que pudesse para receber algum tipo de educação. Sempre que podia ia a uma pequeníssima biblioteca da sua localidade, lia livros de ciências, especialmente de biologia e mesmo não entendendo muitas vezes os idiomas de alguns livros, via os diagramas e as fotos para aprender as palavras ao redor delas.
Lutou e trabalhou desde os 8 anos fazendo qualquer tipo de serviço, rapazinho trabalhava o dia todo e estudava a noite passando no vestibular de medicina com as melhores notas em faculdade gratuita. Mesmo assim passou fome e nem tinha o que vestir para pagar os livros, mas venceu e formou-se. Hoje em dia é um médico que cuida de sua família e dos doentes mesmo que não possam pagar por consultas e ainda compra remédios para os mais pobres.  Caridoso, fraterno e humilde foi o que Albert se tornou, mesmo diante das grandes dificuldades não se abateu.

2ª HISTÓRIA DE TONY
Era uma vez uma linda criança, ele se chamava Tony e vivia pelas ruas da cidade, morava de baixou de uma ponte ele não conheceu seus pais. Não tinha que comer, ninguém o ajudava não davam nem esmola para ele pensando que era um ladrão de rua, quando conseguia o que comer era os restos de comidas que tirava das latas de lixo do restaurante.
Um dia, como ninguém estava ajudando decidiu roubar, e desde esse dia não parou. Era preso e apanhava, quando o soltavam voltava a roubar, assim cresceu e tornou-se mau e bandido até um dia ir para prisão. Passou metade de sua vida lá.
A história de Tony poderia ser diferente?
Era uma vez uma linda criança, ele se chamava Tony e vivia pelas ruas da cidade, morava de baixou de uma ponte ele não conheceu seus pais. Não tinha que comer, ninguém o ajudava não davam nem esmola para ele pensando que era um ladrão de rua, quando conseguia o que comer era os restos de comidas que tirava das latas de lixo do restaurante. 
Ele acreditava em Deus e tinha fé. Um dia, tomou uma decisão em vez de pegar os alimentos da lata de lixo do restaurante pediu para trabalhar em troca de comida, e conseguiu. Mas depois do serviço não tinha aonde ir, dormia debaixo de uma ponte. Tony era muito simpático e alegre e conquistou amizades de clientes do restaurante.
 Até que um dia, um simpático casal conheceu o menino e sua história e decidiram adotá-lo.
Anos depois adulto, estudou formando-se em assistência social e procurava nas ruas os meninos de ruas e os ajudavam a encontrar emprego, escola, família ou abrigo que os encaminhassem nos caminhos do bem.

3ª HISTÓRIA DE FERNANDA
Fernanda era muito doente desde que nasceu, tinha leucemia. Fraquinha, por causa da doença, não brincava como as outras crianças.  Chorava revoltada e dizia que não acreditava em Deus porque Ele era injusto. Nada queria fazer, não brincava e não estudava e seus pais tristes não a forçavam.
Adulta não trabalhava porque se dizia sempre incapaz pela doença que a acometia. Era triste, pessimista e queixosa. Cresceu dependente dos outros e não se esforçava em nada. Vivia da compaixão da família muito infeliz.
A história de Tony poderia ser diferente?
Fernanda era muito doente desde que nasceu, tinha leucemia. Fraquinha, por causa da doença, não brincava como as outras crianças. Sua família era muito pobre e tinha mais duas irmãs. Todas as noites ao lado de sua mãe rezavam e agradecia a Deus por sua vida mesmo que não compreendesse o porquê o Senhor deu-lhe um corpo tão doente.
Era alegra gentil e carinhosa, procurava ajudar no que podia em casa e os amigos, confiava que Deus reservava para ela algo especial e não se desanimava.
Ela cresceu com a doença não limitando sua vontade, e com apoio de amigos e seus pais estudou música e se dedicou a ela. Tornou-se uma pianista muito talentosa e feliz.

Prece final

Evangelizadoras: Andressa Durans e Martha.                                                   Turno: Sábado/Manhã.


















quinta-feira, 26 de maio de 2016

Amor e Sexo para jovens do século XXI

Amor e Sexo para os Jovens no século XXI: um desafio para os pais

Autora: Carla Lettier


No século XXI vivemos tempos de Aids, drogas e violência. Como afirma o sociólogo Zigmund Baumann, na pós-modernidade o amor é líquido e os relacionamentos se tornaram conexões. Se algo nos desagrada, simplesmente nos desconectamos. Se alguém nos desencanta, simplesmente o  bloqueamos. Vivemos em uma época em que tudo pode se tornar produto, até mesmo o amor e, principalmente, o sexo. Ele não depende mais dos jogos de olhares apaixonados e doces descobertas sobre o outro; apenas de um match em um aplicativo. Tider, Pof e muitos outros. O sexo está literalmente ao alcance de nossas mãos. O amor, esse já nem tanto!

A geração Y e os jovens do milênio-que sucederam essa geração- cresceram assistindo à banalização do sexo na TV, nas músicas, nos vídeos do YouTube, na moda e nos cinemas. Essas gerações  parecem não ter freio para se entregar ao prazer. Tudo para eles é imediato. Para eles, Se não aproveitarem o momento, perdem uma oportunidade de serem felizes. Mas será que sabem mesmo ser feliz?  Paradoxalmente, o uso de drogas, remédios controlados e de suicídios entre os jovens cresce assustadoramente demostrando que o prazer fugaz não traz felicidade. Esses jovens sentem um imenso vazio e buscam fora  de si , aquilo que lhes falta dentro. Em meio aos perigos que essa tal pós-modernidade apresenta,  nós, os pais, estamos assustados nos perguntando como orientar nossos filhos a serem felizes e usar o sexo como ele realmente é: uma energia maravilhosa à serviço da vida e da criação.

Embora não exista uma fórmula mágica, podemos imunizá-los para que não sofram tanto.  Algumas vacinas são simples, mas altamente eficazes em proteger dos tropeços da vida. A primeira delas se chama amor.  Sim, amor!   Mas o amor do dia-a-dia. Dar presentes pode até ter a intenção de transmitir amor, mas presentes são coisas e não sentimentos. Porém, o amor que os filhos querem e necessitam se transmite nos pequenos gestos. Com atenção, com abraços, com os olhos cheios de lágrimas nas apresentações da escola. Também se transmite pelas broncas, mas somente aquelas que precedem uma explicação razoável e não aquelas do tipo " eu quero porque quem manda aqui sou eu".

Outra vacina importante é a autoconsciência. Ela se constrói com muita paciência e por meio do diálogo franco e aberto. Ao falar sobre sexo não devemos ter pudores. Não devemos julgar e nem proibir.  Devemos sim provocar a reflexão sobre si e sobre o mundo. E seguir perguntando:  o que você acha sobre isso ou sobre aquilo? Por que você acha isso? Você pode se surpreender percebendo que seu filho ou filha é mais maduro do que imaginava e descobrir que temas aparentemente polêmicos como homossexualismo, aborto, etc. podem render ricas discussões e aprendizado, se forem temperados com respeito e com algumas leituras. Crianças e adolescentes são seres curiosos e, se não encontrarem em casa um espaço aberto para sanar suas dúvidas, buscarão as respostas mudo afora e essas elas nem sempre serão de graça. As respostas podem até ter o preço da dor.

Outra importante vacina é a do respeito ao si e ao próximo. Ensinar um jovem ou uma jovem que ele (a) deve se respeitar não significa fazer um voto de castidade eterno, mas que somos mais do que um corpo que apenas dá e recebe prazer.  Ensinar a ouvir o próprio coração e a ter cuidado com o coração do outro, especialmente quando queremos algo tanto, mas o outro não quer tanto assim. Por último, a imunização dos jovens também deve incluir a responsabilidade, aquilo que bem cedo tentamos explicar a eles, mas que devemos reforçar até o início da vida adulta. Responsabilidade é a compreensão de que toda escolha na vida tem consequências e só devemos seguir um caminho quando estamos preparados para assumir o que dele resultar.


Não há nenhuma garantia de que essas “vacinas” irão imunizar nossos filhos contra as dores do mundo e tornarão nossos filhos adultos felizes e realizados.  Encontrarão bons parceiros? Terão suas próprias famílias? Terão filhos na hora certa? Serão bons pais?  Não sabemos. Como diz a sabedoria popular, o futuro a Deus pertence. Mas ensinando-lhes como amar a si mesmo e a se respeitarem eles saberão fazer bom uso de seu livre árbitro para tomar decisões sensatas que os guiarão vida afora. Sem culpas e sem medos, façamos o nosso melhor e deixemos nossas sementes nas mãos do Pai para que germinem na hora certa, floresçam e deem bons frutos.

sexta-feira, 20 de maio de 2016




Sociedade Espírita Ramatis – Unidade: Evangelização                                       Ciclo: 2º Ciclo
Tema: Ensinamentos de Jesus: A Parábola do Fariseu e do Publicano          Data: 21/05/2016

Objetivos: Conhecer a parábola contada por Jesus. Promover a reflexão sobre a importância de sermos humildes de coração, combatendo o nosso orgulho.


Prece Inicial

Atividade 1: Dinâmica - O orgulho e a humildade
Material: Bilhetes com frases e uma caixa.
Descrição: São 12 frases que demonstram atitudes orgulhosas, seguidas de 12 atitudes humildes, mas não falar o que as frases demonstram.
 O Evangelizador deve colocar as 24 frases misturadas numa caixa, e os alunos deverão retirá-las até esgotá-las . Em seguida, deve-se pedir que um aluno leia uma frase. Depois, em grupo, deve ser discutido qual seria o oposto àquela atitude.
Então, quem estiver com a atitude oposta equivalente deverá ler o seu bilhetinho, para que se faça uma comparação.
E assim deve ser até que se esgotem os bilhetinhos.

Frases:
1. Acha que sabe muito e não aceita ser criticado ou corrigido, pois se sente humilhado.
2. Reconhece que ainda precisa aprender muito e está sempre aberto a novos conhecimentos.
3. Não admite que errou e procura uma desculpa dizendo assim: "Não foi minha culpa".
4. Reconhece quando erra e diz assim: "Desculpe, eu me equivoquei" e procura fazer de novo, e melhor.
5. Se acha sempre certo e acredita que não precisa mudar, pois tudo que faz é muito bom.
6. Reconhece que pode fazer melhor e se aperfeiçoa para sempre superar a si mesmo
7. Resiste àqueles que são mais velhos e experientes (professores, pais, avós, etc.) e põe defeitos neles
8. Respeita aqueles que são mais velhos e experientes e trata de aprender algo com eles
9. Faz apenas sua tarefa e ainda diz: “Eu só faço meu trabalho; que outra pessoa faça a outra parte”.
10. Estão sempre dispostos a fazer sua tarefa e algo a mais além da sua obrigação.
11. Não aceita as ideias dos outros, pois julga as suas sempre melhores.
12. Está sempre disposto a ouvir as ideias dos outros, pois acredita que todos são capazes de colaborar.
13. Se julga sábio e poderoso e não reconhece Deus como força superior a todos os homens.
14. É agradecido a Deus pela perfeição de suas leis e de sua criação.
15. Está sempre insatisfeito, pois se sente injustiçado e merecedor de melhor sorte.
16. Acredita plenamente na justiça divina e sabe que tem exatamente aquilo que merece.
17. Acha que perdão é para os fracos; quem é forte mesmo arruma um jeito de se vingar (ele chama isso de "fazer justiça").
18. Sabe que engolir o orgulho e perdoar é a verdadeira virtude; a vingança só o iguala ao ofensor.
19. Se arrepende do bem que faz quando não é reconhecido.
20. Sabe que a verdadeira recompensa não está aqui, por isso faz o bem sem interesse de obter reconhecimento.
21. Dá muita importância a cargos, posições sociais, nobreza familiar.
22. Acredita que a verdadeira grandeza é moral e independe de qualquer título terreno.
23. Não aceita demonstrar falhas em público nem pedir ajuda e prefere receber do que dar um pouco de si em benefício do grupo.
24. Reconhece a timidez como sinal de orgulho e luta contra ela, mesmo que tenha de se expor à opinião do grupo.


Perguntar que atitudes são essas? Orgulho e humildade.
Cada um deverá citar um exemplo de atitude orgulhosa e atitude humilde.
Quem é orgulhoso? Conhecem alguém orgulhoso?
Todo ser humano, no nível em que se encontra, é um indivíduo carregado de defeitos e portador de outras tantas virtudes. As pessoas admitem que tenham ‘mau-gênio’, que são mal-humoradas, preguiçosas, que são covardes ou que utilizam a mentira para obter vantagens; mas são poucos os que se acusam de possuir o maior defeito de todos: o orgulho.

Pedir a um evangelizando que leia a pergunta nº 759 do Livros dos Espíritos:
759. Qual é o valor do que se chama ponto de honra em matéria de duelo?
- Orgulho e vaidade: duas chagas da humanidade.

Por ser um defeito altamente competitivo, leva o indivíduo a constantemente se comparar aos outros, a tal ponto de não sentir prazer em simplesmente possuir algo, porque este algo tem que ser em quantidade/qualidade superior ao objeto de sua comparação. Neste axioma, a felicidade não está em ser rico, belo ou inteligente, mas, segundo os orgulhosos, em ser mais rico, mais belo e mais inteligente que os outros. Quase todos os males atribuídos à cobiça, à vaidade, ao egoísmo e à inveja possuem sua raiz no orgulho.

orgulho
substantivo masculino
1.      sentimento de prazer, de grande satisfação com o próprio valor, com a própria honra.
2.      pej. sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor-próprio; arrogância, soberba.
. atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; vaidade, insolência.


Atividade 2: Vídeo

Conversar:
Qual foi a atitude do fariseu? Orgulhosa

E do publicano? Humilde

E nós, estamos vivendo como fariseus ou como publicanos? Nos orgulhamos do que fazemos, e agradecemos por não sermos iguais às outras pessoas?

Enquanto o desejo moderado de crescimento leva o homem a progredir na vida, ter uma condição material/intelectual melhor, o orgulho o leva a sempre querer mais, nunca se satisfazer com o que já possui e a agir, muitas vezes, de maneira inescrupulosa para atingir seu objetivo.
Muitos escondem o orgulho sob a capa da timidez, não se expondo às vistas alheias com medo das críticas; outros disfarçam sua arrogância como caridade no auxílio ao próximo, sendo esta uma ajuda pretensiosa, humilhante, tendenciosa, sem altruísmo algum; alguns utilizam o poder ganancioso, extrapolando o sentido cooperador, pela simples vontade de dominar e manipular. O orgulho se disfarça das mais variadas formas, algumas muito sutis, e para combatê-lo dentro de si, exige-se muito esforço e abnegação.

E a humildade?

humildade
substantivo feminino
1. qualidade de humilde.
2. virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações; modéstia, simplicidade.
3. falta de luxo, de brilho; simplicidade, sobriedade.

Segundo Allan Kardec, em Obras Póstumas (FEB), a principal causa do orgulho reside na idéia falsa que o homem faz de sua natureza, do seu passado e do seu futuro. Por não saber de onde vem, ele se crê mais do que é; e não sabendo para onde vai, concentra na vida terrena, todo o seu empenho, ansiando por satisfazer todos seus gozos, atropelando sem escrúpulos, se necessário for, seu semelhante. Por isso a necessidade do estudo, de estarmos sempre buscando respostas para nossos questionamentos.

Se alguém quiser adquirir a humildade, o primeiro passo é admitir que é orgulhoso. É um grande passo. Nada pode ser feito antes disso.
O orgulhoso, basicamente, é um indivíduo preocupado excessivamente consigo mesmo, com o seu bem-estar e com o que os outros estão pensando a seu respeito. Uma das formas de combater esse defeito é esquecer-se de si, procurar prestar mais atenção às coisas que o cercam, dando importância e ocupando-se das necessidades do próximo.
A reencarnação coloca todos como seres iguais em oportunidades e aprendizados, sendo cada um, único, inigualável e imprescindível, com os mesmos direitos e deveres – este pensamento favorece a perda do sentimento de superioridade e orgulho. Compreender sua origem e destinação, buscando objetivos nobres para a existência é alicerce básico para a mudança.
A modéstia torna mais sábio o saber, mais bela a beleza, mais meritória a caridade. Se refletirmos que a grande maioria dos homens que mudaram o mundo, a começar pelo mestre Jesus, tinham como característica básica a humildade, racionalmente nos empenharemos para adquirirmos essa virtude.

Autor: Luis Roberto Scholl


Atividade 3: História

A vidraça suja
Haviam duas famílias vizinhas que moravam uma de frente para outra. Todos os dias, o marido de uma das casas, ao voltar do trabalho, encontrava a esposa reparando nas roupas penduradas na área da casa vizinha. Ficava indignada. Não entendia por que não as lavava adequadamente primeiro, para só depois colocá-la no varal. E dizia isso com impaciência e com a certeza de que a vizinha era descuidada e suja.
Durante muito tempo se repetiu a cena, o marido chegava do trabalho e ouvia a esposa reclamando da falta de higiene da vizinha com suas roupas.
Depois de algum tempo, cansado das reclamações da mulher, o marido acordou cedo, lavou o vidro de sua casa e foi para o trabalho, ao voltar percebeu sua esposa no mesmo lugar.
Ele perguntou: - O que fazes aí querida?
Respondeu ela: - Parece que de tanto eu falar a vizinha lavou as roupas direito.
O marido a interrompeu dizendo: - Não foi ela que lavou as roupas direito, fui eu que acordei mais cedo e lavei a vidraça da nossa janela. Creio que era a sujeira da nossa janela que impedia você de ver a brancura dos lençóis da nossa vizinha.

O descuido com a limpeza não era da vizinha. Tantas vezes o que pensamos ser uma mancha escura no vizinho, não passa de um ponto de vista equivocado ou de uma visão distorcida.
A nossa visão de mundo, portanto, depende da janela através da qual observamos os fatos. Ela pode estar manchada pelo lodo da inveja, pela poeira da incompreensão, pelos respingos do orgulho, ou algumas nódoas de mágoa.
Seria interessante que, antes de criticar, olhássemos primeiro a nossa situação: se estamos fazendo alguma coisa para contribuir ou se apenas nos limitamos a falar mal de coisas e pessoas.
E podemos começar olhando para os nossos próprios defeitos e limitações para poder entender e compreender as deficiências do semelhante.
Jesus chamou-nos a atenção dizendo que enxergamos facilmente o cisco no olho do próximo, mas não vemos a trave que tem no nosso.
Por essa razão é importante que, antes de lançar qualquer comentário infeliz sobre os outros, olhemos primeiro se a nossa janela está bem limpa e transparente.

Atividade 3: Dinâmica dos pés descalços
Objetivo: Colocar-se no lugar do outro.
Pedir aos evangelizandos que tirem o sapato e fiquem de pé. Olhem seus pés.
Pedir que andem descalços pela sala.
Pedir que parem e calcem o sapato que estiver do lado.

Conversar com o grupo sobre os sentimentos provocados, relacionando-os com o passo a passo da dinâmica (ficar descalço, trocar os sapatos, calçar o sapato do outro, olhar para os pés, andar e correr com o sapato do outro...)
- O que nos provocou estranhamento? Por quê?
- O que significou andar com o sapato do outro? Foi fácil/difícil?
- Como podemos relacionar isso com a nossa vida; com a dificuldade de colocar-se no lugar do outro; com nossas exigências e nossos preconceitos?
- Se todos somos diferentes, por que temos tanta dificuldade de conviver com diferenças?


Prece final

Evangelizadoras: Andressa e Patricia                                                    Turno: Sábado/Manhã

Fonte de pesquisa: