Mediunidade (Aula 21/2011)

Data: 06/08/2011

OBJETIVOS:

Fazê-los entender o que é a mediunidade, que esta é um atributo do espírito e que todos nós somos médiuns. Reforçar que somos espíritos vivendo uma experiência na matéria e que estamos sob constante influência do mundo espiritual. Explicar porque nem todos nós produzimos fenômenos mediúnicos apesar de todos serem médiuns e explicar o que significa a mediunidade de provas. Falar sobre os perigos do desenvolvimento mediúnico (Livro dos Médiuns – Cap. 18) e sobre a importância do estudo. Explicar os diferentes tipos de mediunidade (consciente, semi e inconsciente) e falar sobre os trabalhos da casa. Reforçar, acima de tudo, que mediunidade é compromisso e oportunidade que o Pai confere aos espíritos endividados para que seja utilizado em benefício ao próximo e como oportunidade de crescimento moral do médium

1- Prece de abertura (5 minutos) – até 9:25:

 2- Atividade Introdutória (10 minutos – até 9:35) – O que você gostaria de saber sobre “mediunidade”?:

Informar à turma o tema de nosso encontro e lançar a pergunta: “O que você gostaria de saber sobre mediunidade?”.

Distribuir folhas de papel e pedir que eles formulem pelo menos uma questão sobre este tema, que eles gostariam de saber a resposta.

O objetivo é fazer com que eles tenham uma primeira reflexão sobre o tema, sozinhos, antes de iniciarmos a aula. Após a aula, eles receberão de volta a folha para verificar se a pergunta foi respondida e irão compartilhar com a turma a questão formulada e o que eles entenderam como resposta.

3- Atividade Dinâmica – Perguntas e respostas: (40 minutos – até 10:15)

Através das perguntas colocadas nas páginas seguintes, promover um debate, estimulando-os a participar. As perguntas estão associadas a alguns temas (destacados em azul) e, abaixo de cada pergunta, são apresentadas as orientações contidas em diversas obras, para auxiliar os evangelizadores.

4- Atividade Reflexiva e Conclusiva (20 Minutos – até 10:35):

Devolver para cada um, a folha contendo as perguntas que eles elaboraram no início da aula e pedir que eles expliquem o que entenderam. Se a pergunta não foi respondida, procurar trabalhá-la.

 5-Harmonização Final (5 minutos):

Prece de agradecimento e encerramento.

 6- Avaliação / Auto-Avaliação

Referências: Mediunismo (Ramatis), Livro dos Médiuns; Livro dos Espíritos e Mediunidade – Tudo o que vc precisa saber (Richard Simonetti). – paginas e capítulos indicados nas perguntas a seguir.

Evangelizadores: Gilsa e Weber              

Perguntas para promover o debate sobre mediunidade:

 I - A mediunidade e a influência do mundo espiritual em nossas vidas

1 – O que é mediunidade?

A mediunidade pode ser entendida como o “sexto sentido”, que nos coloca em contato com o mundo espiritual, assim como o tato, o paladar, o olfato, a visão e a audição nos colocam em contato com o mundo material. Trata-se, portanto, de uma sensibilidade à influência do mundo espiritual.

(Mediunidade – Tudo o que você precisa saber; Richard Simonetti, pg 15, pergunta 1).

 2 – Mas ainda que eu não perceba, estou em contato com os espíritos e recebendo suas idéias?

É preciso reforçar que nós somos espíritos vivendo uma experiência na matéria e não o contrário. Estamos sob a influência constante e direta dos dois mundos, ainda que nós não nos demos conta da influência dos espíritos em nossos pensamentos e atos.

L.D.E (pergunta 459) – Influem os espíritos em nossos pensamentos e atos?

R:Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.

 3 – Mas por que os espíritos fazem isso? Qual o seu propósito?

As motivações desses espíritos atendem à sua própria condição. Há os que estão perplexos e querem ajuda; os que se divertem em atazanar os encarnados; os que exercem vingança; os que se vinculam aos vícios e desejam intermediários para satisfazer-se; os que querem ajudar seus familiares,...

(Mediunidade – Tudo o que você precisa saber; Richard Simonetti, pg 20, pergunta 3).

 4 – Como haveremos de distinguir os pensamentos que nos são próprios dos que nos são sugeridos?

L.D.E (pergunta 461) - Quando um pensamento vos é sugerido, tendes a impressão de que alguém vos fala. Geralmente, os pensamentos próprios são os que acodem em primeiro lugar. Afinal, não vos é de grande interesse estabelecer esta distinção. Muitas vezes, é útil que não saibais fazê-la. Não a fazendo, obra o homem com mais liberdade. Se decide pelo bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho, maior será sua responsabilidade.”

 II - A mediunidade é atributo do corpo ou do espírito?

5 – A mediunidade é um atributo do corpo ou do espírito?

A mediunidade é um patrimônio do espírito; é faculdade que se engrandece em sua percepção psíquica tanto quanto evolui e se moraliza o espírito do homem. A sua origem é essencialmente espiritual e não material. Ela não provém do metabolismo do sistema nervoso, como alegam alguns cientistas terrenos, mas enraíza-se na própria alma. (Mediunismo, Ramatis, pg 29)

 6 – Tem algo haver com hereditariedade (passa de pais para filhos)? E quando os filhos de um médium experimentam fenômenos mediúnicos?

Sendo um atributo do espírito, a mediunidade não se subordina à genética. O intermediário entre os dois planos é alguém que foi preparado para isso no Mundo Espiritual, submetendo-se a estudos e operações magnéticas, bem como a uma adequação do corpo físico, de forma a ter a sensibilidade necessária. (Mediunidade – Tudo o que você precisa saber; Richard Simonetti, pg 16, pergunta 5).

 Quando encontramos médiuns em uma mesma família, são espíritos que ali se reúnem por afinidade e não por hereditariedade. (Mediunidade – Tudo o que você precisa saber; Richard Simonetti, pg 16, pergunta 6).

 III – Todos somos médiuns, mas nem todos nós produzimos fenômenos mediúnicos. A mediunidade de “prova”.

7 – Todos somos médiuns?

Não há dúvida, pois, de que todas as criaturas são médiuns. A mediunidade não é faculdade adstrita somente a alguns seres, ou exclusivamente aos espíritas, mas todos os homens, como espíritos encarnados na matéria, são intermediários, das boas ou más inspirações do Além-Túmulo. É evidente, entretanto, que a faculdade mediúnica se manifesta em conformidade com o entendimento e o progresso espiritual de cada criatura. Em geral, as criaturas humanas ignoram ou não percebem a sua faculdade mediúnica porquanto, sendo esta fruto da sensibilidade psíquica, nem todos têm noção de quando participam dos fenômenos do mundo oculto, e assim os confundem facilmente, tomando-os como se fossem manifestações comuns da vida física. (Mediunismo, Ramatis, pg 38)

 Todos nós temos sensibilidade que nos habilita a receber influências espirituais. Nem todos, entretanto, somos suficientemente sensíveis para produzir fenômenos mediúnicos.

(Mediunidade – Tudo o que você precisa saber; Richard Simonetti, pg 15, pergunta 2).

 8 – Mas por que somente alguns produzem fenômenos mediúnicos?

A manifestação mediúnica não depende da crença ou poderio religioso, nem de convicções pessoais do homem ou do ambiente onde vide, mas é conseqüência inalterável do compromisso que o espírito assumiu antes de reencarnar, cujo mandato ele requereu em seu próprio benefício e deve ser cumprido na hora aprazada. (Mediunismo, Ramatis, pg 48)

 A “mediunidade de prova”, que caracteriza a maior parte dos médiuns no estágio evolutivo atual de nosso planeta, é uma concessão provisória feita pela administração sideral com o objetivo de auxiliar os espíritos muito endividados na sua recuperação espiritual pregressa. (Mediunismo, Ramatis, pg 39)

 A tarefa mediúnica não compreende somente a função mecânica de o médium transmitir as comunicações dos espíritos desencarnados, atendendo à função de “ponte viva” entre o mundo material e o Além. Ela requer também que os seus medianeiros vivam existência digna e operosa na carne, a fim de lograrem sintonia com espíritos sublimes. (Mediunismo, Ramatis, pg 39)

 Portanto, a mediunidade é compromisso! É misericórdia do Pai que nos concede esta hiper-sensibilidade, que deve ser desenvolvida e utilizada em benefício dos outros e como forma de nossa evolução e crescimento espiritual. O médium não é um ser dotado de super poderes e deve exercer seu mandato mediúnico com a responsabilidade necessária. É bom Lembrar as palavras de Jesus: “muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores contas serão tomadas àqueles a quem mais coisas se haja confiado.”

 9 – É preciso ser espírita para ser médium? É preciso ser médium para ser espírita?

É conveniente distinguir-se o que é espiritismo do que significa mediunismo. Espiritismo é doutrina disciplinada por um conjunto de leis, princípios e regras, que tanto orientam as relações entre os espíritos encarnados e desencarnados, como também promove a renovação filosófica e moral de seus adeptos. (Nota: O espírita, como dizia Allan Kardec, “conhece-se pela modificação moral que ele efetua todos os dias”.). No entanto, a faculdade mediúnica pode existir independente de a criatura ser espírita ou mesmo indiferente aos fenômenos mediúnicos. (Mediunismo, Ramatis, pg 49)

 Quer então seja ateu, participe do ambiente espírita, devote-se a qualquer seita religiosa, a faculdade mediúnica de “prova” eclode-lhe no momento exato em que deve realmente iniciar a sua tarefa sacrificial. (Mediunismo, Ramatis, pg 48)

IV – Desenvolvimento Mediúnico – Inconvenientes e perigos da mediunidade – A importância

     do Estudo

10 – Há inconvenientes em desenvolver a mediunidade nas crianças? (L.D.M – Capítulo 18 – pg 191)

Certamente, e asseguro que é muito perigoso, porque seus organismos frágeis e delicados seriam muito abalados, e sua imaginação jovem, muito excitada. Além disso, os pais prudentemente devem afastá-las dessas idéias ou pelo menos lhes falar apenas do ponto de vista das conseqüências morais.

 11 – Entretanto, há crianças que são médiuns naturalmente, seja de efeitos físicos, de escrita ou de visões; isso tem o mesmo incoveniente? (L.D.M – Capítulo 18 – pg 192)

Não. Quando a faculdade é espontânea numa criança é porque está na sua natureza e sua constituição física se presta a ela; não ocorre o mesmo quando é provocada e excitada. Notais que a criança que tem visões se impressiona pouco com isso; parecem-lhe uma coisa muito natural, a que presta pouca atenção e que muitas vezes esquece; mais tarde o fato lhe vem à memória, e o entenderá facilmente se conhecer o Espiritismo.

12 – Com que idade se pode, sem inconveniente, praticar a mediunidade? (L.D.M – Capítulo 18 – pg 192)

Não há uma idade precisa; isso depende inteiramente do desenvolvimento físico e ainda mais do desenvolvimento moral; há crianças com doze anos que são mais aptas do que pessoas adultas. Falo da mediunidade em geral, mas a de efeitos físicos é mais fatigante corporalmente; a da escrita tem um outro inconveniente que se relaciona à inexperiência da criança, e também no caso em que quisesse se ocupar dela sozinha e brincar com ela.

L.D.M, Cap. 18 – item 222, pg 192 - A prática do Espiritismo exige muito tato para afastar a astúcia dos espíritos enganadores; se os adultos podem se tornar seus joguetes, as crianças e os jovens estão ainda mais expostos, pela sua inexperiência... Mesmo nas condições mais favoráveis, deve-se cuidar para que a criança dotada da faculdade mediúnica a exerça apenas sob a orientação de pessoas experientes, que lhe ensinarão, pelo exemplo, o respeito que se deve às almas dos que viveram.

 13 – Mas como eu vou saber se tenho o compromisso em desenvolver a mediunidade?

Como disse Ramatis, a faculdade mediúnica de prova eclode no momento exato em que devemos iniciar a sua tarefa. O mais importante é estar sempre buscando a nossa melhora moral, de pensamentos, hábitos e sentimentos, pois é através das boas sintonias que iremos atrair os bons espíritos e tudo ocorrerá no momento certo. O estudo da doutrina espírita nos ajuda a entender os mecanismos através dos quais a influência dos espíritos ocorre, bem como a necessidade de nossa melhora moral, evitando que fiquemos entregues às nossas velhas paixões e às conseqüentes más influenciações (mistificações e guísmos).

 14 – É comum a pessoa com problemas crônicos, depressão, angústia, etc. escutar: “você é médium. Precisa desenvolver sua mediunidade.” Esse entendimento é correto?

Não podemos confundir desajuste espiritual com mediunidade a desenvolver! A pessoa que passa por algum desequilíbrio deve primeiramente se tratar, espiritualmente e através da medicina terrena.

(Mediunidade – Tudo o que você precisa saber; Richard Simonetti, pgs 23 a 25, Capítulo - Desajustes Espirituais).

     VI – Os Diferentes tipos de mediunidade (Consciente, Inconsciente e Semi-Consciente).

Explicar os três diferentes tipos e o que se adota na Casa de Ramatis.

Falar um pouco dos trabalhos da casa.

Falar sobre os guias espirituais.