NOSSOS HORÁRIOS

NOSSOS HORÁRIOS

terça-feira, 2 de junho de 2015

PARABOLA DO FILHO PRODIGO


Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. “Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.

Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.

“Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’. A seguir, levantou-se e foi para seu pai.

“Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou.
“O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’. “Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e alegrar-nos. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar o seu regresso.

“Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a música e a dança. Então chamou um dos servos e perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo’.

“O filho mais velho encheu-se de ira e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele. Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele!’

“Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu. Mas nós tínhamos que celebrar a volta deste seu irmão e alegrar-nos, porque ele estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’ “.

Costumes da época relevantes nesta parábola:

A antecipação da herança. Esse pedido equivalia a desejar a morte do patriarca, uma falta tão grave que poderia ser punida com o apedrejamento.
Mesmo diante daquela humilhação, o patriarca concorda com a solicitação do filho.
O pródigo rapidamente vende seus bens, parte para uma terra distante. Lá, dilapida o patrimônio e se vê obrigado a cuidar de porcos, algo absolutamente degradante para a época. E em razão da fome que se abate na região, passa a tentar se alimentar da comida destinada a esses animais.
No auge do seu sofrimento, ele “cai em si”. E a dor, qual uma ferramenta pedagógica, faz sua consciência despertar. Arrependido, ele decide buscar o perdão do pai.

No episódio do retorno à casa, a sutileza da sabedoria de Jesus impressiona: o patriarca, um homem de andar lento e solene, corre em direção ao filho, abraça-o e beija-o no rosto, na frente de todos. Aquela cena chocante contrariava todas as tradições do patriarcado.
Por amor ao filho, porém, o pai se humilha perante a aldeia naquele gesto público. No momento em que o pai corre em direção ao filho, abraça-o e beija-o, a sabedoria do Cristo está querendo nos mostrar que o restabelecimento dos laços primordiais, a religação, a “religião” entre Deus e os homens é algo direto, imediato, sem interferências de qualquer natureza.


O pai então manda trazer para o filho egresso sandálias e um anel, objetos utilizados apenas por membros da família, jamais por empregados, sinalizando que a reconciliação era plena. Ele estava sendo aceito novamente como filho, e não como mero serviçal.

Ao perceber que as festividades se deviam ao retorno do irmão mais novo, o mais velho “se enche de ira”, e se recusa a entrar na casa e receber os convidados, como ordenava a tradição.
“Então o pai saiu e insistiu com ele”.
Considerando tratar-se do futuro patriarca, de quem se espera uma postura de liderança e justiça, aquelas eram faltas tão graves quanto o pedido de antecipação de herança.

Preguiçoso, o filho mais velho se queixa de ter trabalhado muito — nas terras que seriam suas; ingrato, ele reclama não ter recebido sequer um cabrito — que “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu”. Naquela sociedade, era impensável que um patriarca precisasse se justificar a um filho, sobretudo publicamente, em meio a um desrespeitoso arroubo de fúria.
Novamente por amor, o pai se humilha perante toda a comunidade em atenção ao filho mais velho.
Note que, de acordo com a narrativa, este estava no campo quando percebeu a movimentação. É alegórico o fato de ele não estar em casa. O seu comportamento indica que jamais esteve realmente na “casa do Pai”.

Por várias razões, somos levados a nos deter nos erros do filho pródigo, muito embora ambos os filhos estejam igualmente perdidos em seu egoísmo, cada um à sua maneira. O primeiro, por rejeitar a providência do pai e fragilizar as estruturas mais fundamentais da comunidade; o mais velho, pelo chauvinismo velado e pela postura farisaica.

O Pai, por sua vez, preocupa-se apenas com uma única regra, a do amor. Sem maniqueísmos nem preferências.

Nada deve ser interpor na relação entre o Pai e seus filhos.
De forma sublime, o Cristo nos mostra que não importa no que você acredita, mas como você vive.
O que “estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado”, em verdade,  o vigor de Seus ensinamentos.
 Deus na figura do pai tem paciência com seus filhos pecadores. O pai descrito na parábola é muito paciente com o absurdo que o filho mais novo fez. Ele não estava preocupado com os bens materiais que se perderam, mas com o crescimento do filho. Esse pai soube esperar o filho crescer e se arrepender de seus pecados. A paciência de Deus visa dar tempo para cairmos em si e nos arrependermos dos nossos erros. Deus nos recebe de braços abertos quando somos humildes e nos arrependemos.

Como o filho mais velho, muitas vezes focamos no menos importante ao invés do mais importante. Observe que o filho mais velho fica extremamente preocupado com sua própria justiça e zelo e com os bens materiais que seu irmão desperdiçou, achando-se superior. Estava tão cego que não conseguia enxergar a conversão de seu irmão, pelo contrário, dá a entender que preferia que seu irmão permanecesse no mundo. 

Deus ama tanto os seus filhos que já O servem, quando aqueles que ainda agem contrários à Sua vontade. A parábola do filho pródigo mostra a grandeza do amor de Deus.

Deus reparte por igual entre seus filhos o potencial da perfeição, um início igual na condição de simples e ignorante, o mesmo livre-arbítrio e rigorosamente as mesmas leis, que regerão sua evolução do início ao fim do caminho. Nenhum de nós foi privilegiado no início da jornada, jamais o foi desde então e de modo algum o será daqui para frente.

Por que um dos filhos reclamou sua parte da herança e o outro, não? Por que um decidiu afastar-se do pai e buscar seus próprios caminhos e o outro permaneceu junto do pai a obedecer a suas ordens? Será que o mais velho era mais sensato, mais evoluído?

O  comportamento do filho mais novo nos é por demais conhecido. Quantos de nós já agimos assim no passado? Quantos ainda agimos assim? Quantas pessoas, nas mais diversas classes sociais, ouvimos por aí dizendo que a vida é para se aproveitar? “Estamos aqui para sermos felizes”, é o que pensam, e buscam a felicidade nos prazeres fugazes que a vida material propicia, embriagando seus sentidos em uma frenética procura por mais e mais emoções sem jamais ficarem saciados. Assim são os prazeres materiais. Quanto mais deles gozamos mais deles sentimos falta. E quando irá acabar essa espiral, aparentemente sem fim? Ensina-nos o Mestre que ela acaba quando o filho mais novo “entra em si”. No clímax da sua insatisfação, quando as respostas que procurava fora de si, nada mais tinham a lhe informar, o filho pródigo voltou-se para dentro, entrou em meditação, começando, então, a mais importante viagem, aquela em que partimos em busca do autoconhecimento.

Quando ele empreendeu, afinal, a viagem de volta para a casa do pai, ele já era um homem transformado, um homem voltado para o  lado espiritual da vida. Já tendo provado tudo o que a vida material podia lhe oferecer e tendo concluído que não era nela que residia a sua felicidade, ele foi firme em sua convicção: voltaria para a casa do pai mesmo que fosse para ser seu servo, isto é, para fazer as mais humildes tarefas. Assim se sente aquele que realmente escolheu o caminho espiritual. Quem escolhe tal caminho é humilde, não procura postos elevados, não deseja ser conhecido, quer passar desapercebido dos outros quando envolvido em tarefa nobre, quer ser não mais que um simples servo na casa de seu pai. E, quanto mais humilde o Espírito é na veste humana, mais enaltecido é por Deus na espiritualidade. É aí que entendemos a alegria do pai com o retorno do filho e a festa que lhe preparou. O momento da transformação do filho é um momento glorioso, pois ele “estava morto e reviveu.

LE – 785 – Qual é o maior obstáculo ao progresso?
R: O orgulho e o egoísmo. .... É assim que tudo se tem no mundo moral como no mundo físico e que do mal mesmo pode surgir o bem. Mas esses estado de coisas é breve e mudará, à medida que o homem compreenda melhor que há, fora dos prazeres dos bens terrenos, uma felicidade infinitamente maior e infinitamente mais durável.

LE – 913 – Dentre os vícios, qual o que se pode considerar como radical?
R: Nós o dissemos muitas vezes: é o egoísmo: dele deriva todo o mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos está o egoísmo. Inutilmente os combatereis e não conseguireis extirpá-los enquanto não houverdes atacado o mal em sua raiz, não houverdes destruído a causa. Que todos os vossos esforços, portanto, tendam para esse objetivo, porque ai está a verdadeira chaga da sociedade. Todo aquele que quer se aproximar, desde esta vida, da perfeição moral, deve extirpar de seu coração todo sentimento de egoísmo, porque o egoísmo é incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades.

ESSE – Cap. 11 – O egoísmo: ...porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros. Que cada um, pois, coloque todos os seus cuidadospara combater em si, porque esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias deste mundo. É a negação da caridade, e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.

A carga de nossos erros impede-nos que nos cheguemos à Sua presença, mas Ele desce até nós, acerca-se de nossas almas penitentes, toma-nos em Seus braços, dá-nos o ósculo de perdão, e, todo ternura, acolhe-nos em Seus domínios. Pai amantíssimo que é, “não quer a. morte do filho mau e ingrato, mas sim que ele se converta, que abandone o mau caminho, e viva”.
Lição mais consoladora e suave do que esta não há em todo o Evangelho.

Ninguém se perde, pois não há culpas ir­reparáveis!
Em nosso relativo livre arbítrio, podemos dilapidar, na satisfação de bastardos apetites, as riquezas que nos foram concedidas pelo doador da Vida.
Virão depois, entretanto, os efeitos dolo­rosos, e com eles o arrependimento e a resolu­ção de emendar-nos.
É quando Deus, que lê os nossos mais recônditos pensamentos, vem ao encontro de nosso esforço individual, e, harmonizando os ditaxnes de Sua justiça com a superabundância de Sua misericórdia, enseja-nos, através das reencarnações, os meios de reabilitar-nos, de redimir-nos e de retornarmos, infalivelmente, à glória inefável de Sua companhia.

Fontes:
Livro dos Espíritos, Cap. VIII – Lei do Progresso, Cap. XII – Do Egoísmo,
Evangelho Segundo Espiritismo – Cap.11 – O egoísmo
Parabolas Evangélicas – Rodolfo Calligaris


http://www.ieja.org/portugues/Estudos/Artigos/p_asparabolasdeJesus.htm
PARABOLA DOS TALENTOS

Havendo subido com seus discípulos ao monte das Oliveiras, dias antes de ser crucifi­cado, disse-lhes o Mestre:

“O Senhor age como um homem que, tendo de fazer longa viagem fora do seu país, chamou seus servidores e lhes entregou seus bens. De­pois de dar cinco talentos a um, dois a outro e um a outro, segundo a sua capacidade, partiu imediatamente.

Então, o que recebera cinco talentos foi--se, negociou com aquele dinheiro e ganhou outros cinco. O que recebera dois, da mesma sorte, ganhou outros dois; mas o que apenas recebera um, cavou na terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo.

 Passado longo tempo, o senhor daqueles servos voltou e os chamou a contas. Veio o que recebera cinco talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo:
        — Senhor, entregaste-me cinco talentos; aqui estão, além desses, mais cinco que lucrei.
        Respondeu-lhe o amo:
       —  Bem está, servo bom e fiel, já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes. Entra no gozo de teu senhor.

O que recebera dois talentos apresentou-se a seu turno e lhe disse:
            Senhor, entregaste-me dois talentos; aqui estão, além desses, dois outros que ganhei.
E o amo:
—    Servidor bom e fiel, pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras. Compartilha da alegria do teu senhor.

Veio em seguida o que recebera apenas um talento e disse:
—    Senhor, sei que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada puseste, por isso, como tive medo de ti, escondi o teu talento na terra; eis, aqui tens o que é teu.
O    homem, porém, lhe respondeu:
Servidor mau e preguiçoso, se sabias que ceifo onde não semeei e que colho onde nada pus, devias pôr o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence.

E prosseguiu:
—    Tirem-lhe, pois, o talento que está com ele e dêem-no ao que tem dez talentos, porqüanto, dar-se-á a todos os que já têm e esses ficarão cumulados de bens. Quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-á mesmo o que pareça ter; e seja esse servidor inútil lançado nas tre­vas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes.” (Mat. 25:14 a 30)

Tentemos a interpretação desta parábola.

Está visto que o senhor, aí, é Deus; os servos somos nós, é a Humanidade; os talentos são os bens e recursos que a Providência nos outorga para serem empregados em benefício próprio e no de nossos semelhantes; o tempo concedido para a sua movimentação é a exis­tência terrena.

A distribuição de talentos em quantidades desiguais, ao contrário do que possa parecer, nada tem de arbitrária nem de injusta: baseia-se na capacidade de cada um, adquirida antes da presente encarnação, em outras jornadas evolutivas.

Os que recebem cinco talentos são espíri­tos já mais experimentados, mais vividos, que aqui reencarnam para missões de repercussão social; os que recebem dois, são destinados a tarefas mais restritas, de âmbito familiar; e os que recebem um, não têm outra respon­sabilidade senão a de promoverem o progresso espiritual de si mesmos, mediante a, aquisição de virtudes que lhes faltam.

Nota-se, aqui, a aplicação daquele outro ensino do Mestre: “Muito será pedido a quem muito foi dado.” Ao que recebeu cinco talentos foram reclamados outros cinco; ao que recebeu dois, outros dois; e ao que recebeu um, a exi­gência foi de apenas um.

Os servos que fizeram que os talentos se multiplicassem representam os homens que sa­bem cumprir a vontade de Deus, empregando bem a fortuna, a cultura, o poder, a saúde ou os dons com que foram aquinhoados.

O servo que deixou improdutivo o talento, falhando na incumbência que lhe fora cometida, simboliza os homens que perdem as oportuni­dades ensejadas pela Providência para o seu adiantamento espiritual, oportunidades essas que lhes chegam através de uma enfermidade a ser sofrida com paciência, de um grande dis­sabor a ser recebido sem desespero, de um filho estróina ou rebelde a ser tratado com especial atenção e carinho, de uma injustiça a ser tolerada sem revolta, de um inimigo gra­tuito a ser conquistado com amor, de uma des­lealdade ou traição a ser suportada com lar­gueza de ânimo, de uma condição adversa a ser superada com esforço e perseverança, etc.

Nesse terceiro servo vemos posto em re­levo o mau vezo de certos homens, que, para encobrirem suas faltas ou justificarem suas fraquezas, não hesitam em atribuir deméritos puramente imaginários aos outros.

“Dar-se-á aos que já têm e esses ficarão acumulados de bens”, significa que todo aquele que diligencia por corresponder à confiança do Senhor, receberá auxilio e proteção para que possa aumentar as virtudes que já possui.

“Ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que parece ter, e seja esse servidor inútil lançado nas trevas exteriores, onde haverá choro e ran­ger de dentes”, quer dizer que, aquele que não se esforçar para acrescentar alguma coisa àquilo que recebe da misericórdia divina, ex­piará, em futuras reencarnações de sofrimen­tos, a incúria, a preguiça, a má vontade de que deu provas, quando se verá privado até do pouco que teve, por empréstimo.

Agora, uma advertência:
Não sabemos quando o Senhor virá cha­mar-nos a contas.
Poderá tardar ainda, como poderá ser hoje ou amanhã.
Estamos preparados para isso? Temos fei­to bom uso dos “talentos” que Ele nos confiou? De que maneira estamos empregando nosso tempo, nossa inteligência, nossas possibilidades de servir?
Faça cada qual um exame de consciência e responda, depois, a si mesmo...
(Retirado do livro Parábolas Evangélicas – Rodolfo Calligaris

Dividir os pais em 2 grupos. Dar 10 minutos para leitura e elaboração dos comentários das questões. Cada grupo terá 3 minutos para apresentar 1 questão e depois abriremos para discussão do grupo por no máximo 5 minutos.

Questão A: Ele não valorizou o talento que recebeu, achando que era muito pouco e qualquer esforço que fizesse não faria diferença e não compensaria o risco de perdê-lo.

Questão B: O que levou o 3º servo a enterrar seu talento foi medo de desapontar o seu senhor por não se achar capaz de realizar o trabalho ou foi orgulho ferido por ter sido preterido em relação aos que receberam uma soma maior.

Questão C: Aprendemos que fomos criados simples e ignorantes com o objetivo de nos tornarmos anjos. Esse foi o caminho que Jesus percorreu. Se ele conseguiu o 3º servo será capaz de percorrer esse mesmo caminho também.

LE – pergunta 676 – Por que o trabalho é importante ao homem?
É uma consequência de sua natureza corporal. È uma expiação e, ao mesmo tempo, um meio de aperfeiçoar sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria na infância da sua inteligência. Por isso, ele não deve seu sustente sua segurança e seu  bem-estar senão ao seu trabalho e à sua atividade. Aquele que é muito fraco de corpo Deus deu a inteligência para isso suprir; mas é sempre um trabalho.
Muitas vezes não tomamos a iniciativa de realizar uma tarefa porque achamos que nosso trabalho não faria diferença, afinal sou só eu! Mas esquecemos  que fazemos parte de um planejamento cósmico, que formos inteligentemente agrupados para que o que faltar em um seja compensado pelo outro. Quebramos esse equilíbrio quando enterramos nosso talento, por achar que não fará falta a ninguém.
ESE-cap. 7 – Bem-aventurados os pobres de espírito.
O Espiritismo nos mostra outra aplicação desse principio nas encarnações sucessivas, onde aqueles que foram os mais elevados numa existência, são rebaixados à última posição numa existência seguinte, se foram dominados pelo orgulho e pela ambição. Não procureis, pois, o primeiro lugar sobre a Terra, nem vos colocar acima dos outros, se não quereis ser obrigados a descer; procurai, ao contrário, o mais humilde e o mais modesto, porque Deus saberá vos dar um lugar mais elevado no céu, se o merecerdes.

Jesus é nosso maior exemplo, buscamos atingir e repetir o que ele nos ensinou e a maneira como ele viveu entre nós. Mas a dúvida é somos realmente capazes de nos tornarmos como Jesus? Atingir essa categoria de espirito? Segundo Ramatis no Livro O Sublime Peregrino, a resposta é SIM. “Jesus  também foi imaturo de espirito e fez o mesmo curso espiritual evolutivo através de mundos planetários, já desintegrados no Cosmo. Isso foi há muito tempo, mas decorreu sob o mesmo processo semelhante ao aperfeiçoamento dos demais homens. Em caso contrário, o Criador também não passaria de um Ente injusto e faccioso, capaz de conceder privilégios a alguns de seus filhos preferidos e deserdar outros menos simpáticos.
Jesus alcançou a angelitude sob a mesma Lei que também orienta o selvagem embrutecido para a sua futura emancipação espiritual, tornando-o um centro criador de novas consciências no seio do Cosmo. Ele forjou sua consciência espiritual sob as mesmas condições educativas do bem e do mal, do puro e do impuro, da sombra e da luz, tal qual acontece hoje com a vossa humanidade. Os orbes que lhe serviram de aprendizado planetário já se extinguiram e se tornaram pó sideral, mas as suas humanidades ainda vivem despertas pelo Universo, sendo ele um dos seus venturosos cidadãos.
Mas como isso é possível? Por onde começar?
“As pessoas quando educadas para enxergarem claramente o lado sombrio de sua própria natureza, aprendem ao mesmo tempo a compreender e amar seus semelhantes” Carl Jung

Segundo Joana de Angelis – Autodescobrimento – Uma busca Interior
A necessidade, portanto, do autodescobrimento, em uma panorâmica racional, torna-se inadiável, a fim de favorecer a recuperação, quando em estado de desarmonia, ou o crescimento, se portador de valores intrínsecos latentes. Enquanto não se conscientize das próprias possibilidades, o indivíduo aturde-se em conflitos de natureza destrutiva, ou foge espetacularmente para estados depressivos, mergulhando em psicoses de vária ordem, que o dominam e inviabilizam a sua evolução, pelo menos momentaneamente. A experiência do autodescobrimento faculta-lhe identificar os limites e as dependências, as aspirações verdadeiras e as falsas, os embustes do ego e as imposturas da ilusão.

Porque se desconhece, vitimado por heranças ancestrais — de outras reencarnações —, de castrações domésticas, de fobias que prevalecem da infância, pela falta de amadurecimento psicológico e outros, o indivíduo permanece fragilizado, susceptível aos estímulos negativos, por falta da autoestima, do autorrespeito, dominado pelos complexos de inferioridade e pela timidez, refugiando-se na insegurança e padecendo aflições perfeitamente superáveis, que lhe cumpre ultrapassar mediante cuidados o programa de discernimento dos objetivos da vida e pelo empenho em vivenciá-lo. Inadvertidamente ou por comodidade, a maioria das pessoas aceita e submete-se ao que poderia mudar a benefício próprio, autopunindo-se, e acreditando merecer o sofrimento e a infelicidade com que se vê a braços, quando o propósito da Divindade para com as suas criaturas é a plenitude, é a perfeição.

Quanto mais consciente o ser, mais saudáveis os seus equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas que lhe estão reservadas.

ESCUTANDO SENTIMENTOS – HERMANCE DUFAUX

Na acústica da alma existem mensagens sobre o Plano do Criador para nosso
destino. Aprender a ouvilas e exercitar, diariamente, a plena atenção aos ditames libertadores dos sentimentos. Interferências internas e externas subtraemnos, constantemente, a apreensão desses “recados do coração”.
Escutar os sentimentos não significa adotálos prontamente. Mas aceitálos em
nossa intimidade e criar uma relação amigável com todos eles. Aceitálos sem reprimir ou se envergonhar. Essa atitude é o primeiro passo para um diálogo educativo com nosso mundo íntimo. Somente assim teremos uma conexão com nossa real identidade psicológica, possibilitando a rica aventura do autodescobrimento no rumo da singularidade — a identidade cósmica do Espírito.
O sentimento é a maior conquista evolutiva do Espírito. Aprendendo a escutá-lo, estaremos entendendo melhor a nossa alma. Não existe um só sentimento que não tenha importância no processo do crescimento pessoal. Quando digo a mim mesmo “não posso sentir isto”, simplesmente estou desprezando a oportunidade de autoinvestigação, de saber qual é ou quais são as mensagens profundas da vida mental.

Será que as memórias de antigas encarnações não se acumulam e se prendem a nós com tanta intensidade que passamos a acreditar que esses personagens são a nossa essência real? Não será ai a origem do nosso orgulho que nos impede de realizar pequenos trabalhos, de nos reconhecer como limitados moralmente e nos impede de realizar com prazer um trabalho de menor importância, enquanto que outros, que nós consideramos como menos capazes recebem tarefas mais importantes.
Sem dúvida acumulamos memórias de nossas varias encarnações. Que permitimos que nosso mental, utilizando essas memórias, controle nossas vidas. Vivemos em conflito porque buscamos atingir um padrão evolutivo, cujo modelo é Jesus 100% amor e queremos atingir esse objetivo sendo 100% mental. Vamos tentar ouvir um pouco mais nossa essência, quem nós realmente somos, como Jesus nos dizia: Vós sois Deuses!
Através da função intelectual o ser se expressa como indivíduo, pois já deve ter superado a fase das emoções, das paixões e dos instintos. Analisa, calcula e raciocina, proporcionando ao espírito a noção de ser e existir. Com o intelecto o homem consegue compreender a sua relação com o mundo que o cerca, formando a consciência própria, reconhecendo-se como sujeito – o Eu.
      Essa dimensão da vida - o corpo mental inferior ou corpo do intelecto – é responsável pelo domínio das emoções. Utiliza-se das experiências adquiridas e arquivadas na fase instintiva da subconsciência de forma a canalizar os recursos aí armazenados para o crescimento.
     A consciência do corpo mental abrange um espaço muito reduzido, limitado, o que poderá gerar uma deturpação da realidade. Como está inserido no contexto do aqui e agora, corre o risco de se exaltar diante dos fenômenos do mundo das formas. Nesse caso o homem poderá sucumbir, deixando os conteúdos do instinto arquivados no subconsciente predominarem sobre os atributos do corpo mental inferior, ou intelecto. A ação do campo mental inferior é intermediária entre a dimensão espiritual propriamente dita e a fase instintiva ou entre o corpo emocional e o mental abstrato, superior.
Livro – Além da Matéria – Uma ponte entre ciência e espiritualidade- espírito Joseph Gleber – Robinson Pinheiro